A emoção de viver nas alturas
Difícil saber como os comandantes e co-pilotos conseguem conciliar a vida pessoal com a profissional
João Pachelli
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Maurício segue os passos do pai na aviação |
Piloto de avião é uma
profissão que, sem dúvidas, a maioria das crianças já quis ter um dia. Seja um
piloto comercial – aquele que voa por uma empresa – seja um piloto da
aeronáutica – treinado para operações militares. Estar no comando de um veículo
que, literalmente, faz você “tocar” as nuvens foi a ambição de grandes
inventores da história que, pouco a pouco, proporcionaram ao mundo de hoje, o
que conhecemos como avião. Fruto da vontade por voar, Maurício Fernandes
investe na carreira de piloto desde pequeno, quando acompanhava o pai, que era
piloto de linhas aéreas, em algumas viagens.
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Karina mostra que mulher também tem seu espaço |
Segundo Fernandes,
ele sempre teve o desejo de se tornar piloto, até pela influência do pai.
Depois de ter realizado sua vontade, começou a atuar na área, mas conta que no
começo da carreira tudo é mais complicado. “Todo começo é difícil. Iniciei meu
curso de piloto privado estudando a parte teórica, durou 3 meses. Em
seguida dei início à parte prática de voo em aeroclube. Me lembro que
tive de morar muito longe de casa e da família”, contou.
Como todo
profissional, pilotos também têm suas dificuldades e são muitas: falta de
horário para se alimentar, horário de voos ruins, ter que ficar em diversos
lugares diferentes para descansar e o próprio salário. Para o comandante
Fernandes, além da paixão pela profissão, é recompensador por que se conhece
diversos lugares, outras culturas. “É realmente um trabalho diferente. A
gente conhece lugares e pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo
também. Vejo paisagens e cenários que raramente outras pessoas
poderão ver. O sentimento de voar é incrível, cada pouso e decolagem
sempre serão diferentes das anteriores. É uma sensação
gratificante”, enfatiza.
Já a comandante,
Karina Buchalla, se diz apaixonada por aviação desde criança. Mas para chegar a ser comandante em uma grande companhia aérea,
foi necessária boa dose de perseverança. Aos 32 anos, Karina conta que
teve de vencer preconceitos no início de sua carreira para conquistar seu
espaço na aviação. “Já sofri muito preconceito em companhias menores. Demorei
muito para conseguir emprego, trabalhava de graça em aviações pequenas porque
ninguém queria me dar uma oportunidade. Algumas empresas menores não aceitavam
mulheres com medo de que poderiam engravidar, por exemplo”, disse Karina.
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