Parabéns? 114 Anos depois do descobrimento e ainda vivemos na Idade Média
Mais de 5 séculos de história e não fomos capazes de sair do eterno atraso que nos aprisiona ao passado
“O Brasil é o País do Futuro”, quantas e quantas vezes já ouvi essa
frase nesses meus 41 anos, ditas pelos mais diferentes governos, e que sempre
nos faz parecer que nunca chegaremos a esse futuro. Anos, décadas, séculos e
ainda vivemos na esperança de que as coisas melhorem, dêem certo, que andemos
pra frente afim de “encontrarmos” nosso lugar na evolução da história da
humanidade.
Neste 22 de abril, data em que comemoramos(?) o descobrimento de nossa
nação, devemos refletir o que realmente esperamos do nosso povo e de nossa
sociedade, se merecemos os governantes que temos e por culpa de quem (nossa?)
estão comandando nosso país. É duro assumirmos que somos uma nação com
problemas gravíssimos na educação, saúde, segurança e o que pouco temos feito
para mudar essa situação. É difícil encararmos a realidade de que somos vistos
lá fora como um povo de 3º Mundo incapaz de resolver problemas básicos como
saneamento, moradia, fome e ouvirmos sempre outra famosa frase: “O Gigante
Adormecido”.
A auto-estima do brasileiro está cada vez mais ferida, machucada com
anos e anos de corrupção, seja nos períodos de ditadura ou na democracia.
Precisamos urgentemente fazer um exame de consciência e utilizarmos toda nossa
capacidade criativa, inventiva, para recriarmos, reinventarmos um país novo que
apesar de todos esses defeitos seja mais justo e digno para o
povo.
Devemos sim, exigir dos comandantes nossos direitos registrados na
constituição, mas também fazermos a nossa parte, agindo com moral, decência,
honestidade para servirmos de exemplo para nossos, filhos, netos, afim de
construirmos e erguermos uma grande nação.
Apesar de nosso atraso secular em questões como a desigualdade social e
justiça, devemos nos ater e nos apegar de que somos um povo trabalhador,
solidário e acima de tudo com muita fé. Vivemos num país tão moderno e
tecnológico em algumas questões e tão atrasado e parado no tempo em outras
tantas.
Que “este não é um País sério” (outra frase famosa e que já cansamos de
ouvir) nós sabemos, mas se não nos levarmos a sério nunca teremos a
possibilidade de mostrarmos ao mundo quem realmente somos: um povo que apesar
de todas as dificuldades, injustiças e preconceitos, tem dignidade, merece ser
respeitado para podermos aí sim, sermos chamados de “País do Futuro”.
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