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Esporte nacional

Dia do capoeirista: Uma data para lembrar o esporte autenticamente brasileiro

Capoeiristas já foram proibidos de praticar a capoeira que chegou a ser considerada prática criminosa, mas logo reconhecida como esporte autêntico do Brasil

João Pachelli

É válido que o capoeirista tenha um dia para ser lembrado, afinal a capoeira é praticada em mais de 150 países dos 5 continentes, estima-se que no Brasil existam aproximadamente 5 milhões de capoeiristas.

Em 1890 a capoeira foi proibida no Brasil, sendo que sua liberação aconteceu apenas em 1930. Em  07 de Agosto de 1985 foi aprovada a Lei nº 4.649,  que oficialmente declarou o dia 3 de agosto como o Dia do Capoeirista.

Em Várzea Paulista um dos mestres mais conhecidos é Edvaldo Pereira dos Santos (mestre Bola 7). Sua história na capoeira teve início em 1984 e já em 1990 começou a dar aula. “Sempre me inspirei nos mestres mais velhos, o Bimba em especial, que para mim é um mito”. Formado Corda Preta do GCB, educador, profissional e amante da capoeira. “Acredito na Capoeira como um agente transformador e potencializador das habilidades de seus adeptos. É a arte do corpo da Mente e da Alma”, enfatizou.

Um dos alunos de Bola 7, o senhor Jurandir Caetano, (51), diz que sempre tinha a vontade de praticar capoeira, mas na época não havia professor para ensinar, foi quando chegaram os profissionais que ele começou a praticar o esporte. Morador de Várzea Paulista, sempre freqüenta os treinos na academia Capoeira Brasil na Vila Popular.

Questionado sobre os benefícios do esporte, Jurandir foi categórico em afirmar que era muito estressado, se irritava no trânsito, porém encontrou nas rodas de capoeira a paz necessária. “Depois que comecei a jogar capoeira me acalmei mais, melhorou minha atenção, não tive mais problemas de saúde, aumentou minha concentração, foi só benefícios que me trouxe. A capoeira para mim é tudo!”, esclareceu.

Uma aluna iniciante, mas que já tem muita coisa boa para falar sobre a capoeira, é Lúcia Vitória que tem apenas nove anos e começou a freqüentar as aulas em janeiro deste ano por incentivo de uma amiga que também pratica.

Lúcia diz que admira muito os educadores mestre Bola 7 e a mestre Capote. A aluna diz que está gostando muito, que pretende continuar e que se sente muito feliz. “Eu adoro a capoeira, eu vim com minha melhor amiga que também treina aqui na academia e estou muito feliz. Senti que melhorou minha concentração e minha disciplina”, comentou.

De 23 a 28 de setembro acontece em Várzea Paulista o 11° Intercâmbio Cultural de Capoeira.

Estilos da capoeira 
A capoeira tem três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. 

O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira Angola, que se caracteriza pelo ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. 

O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira Angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. 

Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.