Farmacêutico poderá prescrever remédios, segundo nova resolução
O
Conselho Federal de Farmácia publicou resolução que permite ao profissional
prescrever medicamentos que não necessitam de receita médica
João Pachelli
A resolução publicada no dia 25 de setembro, reforça
o papel do farmacêutico no atendimento e no cuidado à saúde do paciente, e fica
determinado que é função desse profissional participar de discussões de casos
clínicos “de forma integrada com os demais membros da equipe de saúde” e
analisar a prescrição de medicamentos aos aspectos legais e técnicos. A
resolução, prevê ainda que o farmacêutico poderá renovar a receita médica para
pacientes da rede pública em situações específicas, como aqueles co doenças
crônicas que precisam de medicação de uso contínuo. Porém, esse dispositivo
dependerá de regras e normas definidas pelo Ministério da Saúde.
Em contrapartida, o Conselho Federal de Medicina
alegou que os farmacêuticos não têm a autorização legal para receitar remédios.
Sobre a renovação de remédios, o CFM defende que o procedimento deve ocorrer
somente após uma conversa entre o paciente e o médico. O CRM vai questionar na
justiça a resolução.
Para alguns conselheiros do CFM, a resolução do CFF
poderá incentivar a automedicação, pois pode levar o doente a não mais procurar
o médico achando que é somente resolver os problemas de saúde no balcão da
farmácia.
Segundo uma farmacêutica, que não quis revelar sua
identidade, essa resolução não vai mudar em nada, afinal essa prática já vem
acontecendo há muito tempo e que depende do bom senso do farmacêutico para
avaliar a gravidade do sintoma do paciente para vender o medicamento ou
encaminhá-lo ao médico.
Para Pedro Eduardo Menegasso, presidente do Conselho
Regional de Farmácia de São Paulo, a resolução é uma tentativa de tornar mais
segura a relação do consumidor com a farmácia.
Ele acrescenta que os farmacêuticos lidaram apenas com transtornos
menores e, quando necessário, orientarão o paciente a procurar ajuda médica.
A reportagem do Jornal Notícia entrou em contato com
farmacêuticos da região para saber a opinião dos profissionais. O que parece é
que o assunto é tão polêmico que alguns farmacêuticos se privaram de falar.
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